Texto: Christine Fidelis, Diretora de People da ília
Empresas ágeis, adaptáveis e flexíveis foram as que se saíram melhor e responderam rapidamente às demandas do mercado em 2020, garantindo um futuro não só para elas, mas para os membros dos seus times. Ao longo dos anos, a maneira como trabalhamos e as competências que precisamos desenvolver foram constantemente alteradas e o contexto vivenciado desde março do ano passado potencializou muitos processos na cultura das empresas, com grandes mudanças e evoluções, evidenciando o papel essencial da tecnologia para sua sobrevivência.
Uma dessas mudanças diz respeito ao modelo de trabalho, que teve que se tornar 100% remoto em um período muito curto de tempo, fazendo com que as empresas tivessem que definir e implementar estratégias de forma rápida e eficiente. Muitas delas já desenvolviam o trabalho em home office de alguma forma, mas tiveram que promover uma mudança drástica em pouco tempo. Aqui na ília não foi diferente.
Depois deste primeiro impacto, com um modelo de trabalho que muitos acreditavam ser temporário, o isolamento social permaneceu e as empresas tiveram que pensar em maneiras de manter a integração do time e os fluxos de trabalho à distância, pensando em um modelo que viria para ficar.
Em 2021, as empresas devem começar a colher alguns frutos das mudanças ocorridas em 2020 e quatro deles serão essenciais para os próximos passos na cultura das empresas.
1. Maior cuidado com saúde e bem-estar
Transportar o ambiente de trabalho para dentro de casa levantou uma preocupação antes ignorada: a busca por um equilíbrio entre o profissional e o pessoal. Cabe às empresas pensar em maneiras para auxiliar os membros do seu time no desenvolvimento de habilidades para alcançar esse equilíbrio.
O cuidado com a saúde mental e o bem-estar das pessoas da equipe tem tomado cada vez mais espaço na cultura das empresas e a situação vivida em 2020 trouxe à tona a necessidade de um trabalho dedicado a garantir a qualidade de vida do profissional.
Além da preocupação com as condições do ambiente de trabalho em casa, evidenciou-se a necessidade de algum tipo de contato entre a equipe, para favorecer a colaboração e a inovação. Aqui na ília, o evento presencial que fazíamos com todo empresa trimestralmente passou a ser online e quinzenal passamos a fazer reuniões virtuais quinzenais durante a pandemia, para manter o contato entre os times e aproximar as pessoas, além de muitas outras iniciativas que visam a mitigação dos impactos negativos do afastamento social, mas nada se compara ao contato presencial.
2. Formatação física do trabalho
Em 2020, ficou ainda mais claro que as empresas precisam ser mais ágeis nas respostas às demandas do mercado e isso envolve a formatação física do trabalho, além da reformulação dos fluxos dentro da empresa.
Após vários ciclos de adaptação e avaliação do trabalho em casa, percebeu-se a necessidade de um ambiente físico da empresa, de uma sede, como espaço para inovação, integração e trampolim para novas ideias. Ganhou força, então, a ideia de um modelo híbrido de trabalho, já discutido há alguns anos e que deve ser adotado por grande parte das empresas quando for seguro o contato presencial entre as pessoas.
Com modelos cada vez mais flexíveis, a tendência é que, a partir de 2021, tenhamos cada vez mais ambientes físicos de trabalho como polos de fomento à criatividade e à interação, e não como simples espaço de trabalho cotidiano.
3. Investimento na formação das pessoas: lifelong learning
Já comentamos sobre a necessidade de métodos ágeis dentro das empresas e isso também se aplica às pessoas. Para uma empresa ser ágil, as pessoas do seu time também precisam ter essa característica e isso se aplica ao aprendizado.
Investir na formação das pessoas garante profissionais qualificados e prontos para quaisquer desafios. Aliados a isso, temos o conceito de lifelong learning, um aprendizado contínuo e que está aberto ao conhecimento, e o desenvolvimento da habilidade de learning agility, capacidade que começará a ser realmente exigida a partir de agora e em que a pessoa é capaz de desapegar do velho e aprender o novo rapidamente, com uma mentalidade ágil.
4. Tecnologia e cliente no centro
A cultura das empresas já vêm mudando com o passar do tempo, com estruturas hierárquicas mais enxutas e mais horizontais. Mas, além dessa mudança cultural, é possível esperar grandes alterações em seus processos de trabalho. Todas elas serão, em alguma medida, empresas digitais.
A tecnologia está cada vez mais no centro de tudo que realizamos e o contexto vivido em 2020 somente acelerou um processo em andamento, evidenciando a importância de rotinas tecnológicas em vários âmbitos da nossa vida, principalmente no estudo e no trabalho.
A sobrevivência de diversos negócios — pequenos, médios e grandes — dependeu inteiramente de recursos tecnológicos, e, por isso, a tendência é que sejam incorporados à estrutura das empresas. Essa transformação, todavia, precisa estar sempre atrelada à Cultura Centrada no Cliente: não basta que as soluções envolvam a tecnologia, é necessário que elas agreguem valor para o cliente e solucionem as dores para as quais foram desenvolvidas.
A cultura da ília
Pessoas são os nossos principais recursos. Para nós, tornar o mundo surpreendentemente mais simples e facilitar a interação entre pessoas, produtos e serviços envolve grande investimento no nosso time. Em 2021, a tendência é que mais empresas passem a investir em pessoas e a valorizar o espaço de trabalho como local de inovação.
Inovação e adaptabilidade fazem parte do DNA da ília e, por isso, para nós é fundamental estarmos atentos às tendências e ao futuro da cultura empresarial, sempre de olho em todos os pontos que podemos desenvolver com nosso time. Ficou interessado em como transformar a cultura da sua empresa? Vamos realizar essas mudanças juntos?
